quinta-feira, 13 de novembro de 2008
CASCALHO - FILME NA CHAPADA DIAMANTINA
Terça-feira, 11 de Novembro de 2008
"Cascalho": Filme baiano entra em cartaz
Ator feirense já falecido, Irving São Paulo tem papel destacado na trama
O filme baiano “Cascalho”, primeiro longa-metragem de Tuna Espinheira, conhecido documentarista, lançado nacionalmente no dia 31 de outubro, em Salvador, entra em cartaz em Feira de Santana, no Orient Cineplace, a partir desta sexta-feira, 14, em dois horários, às 14 horas e 18h35. Um raro exemplar do cinema baiano, que merece a visão do público feirense.
Totalmente filmado em Andaraí, na Chapada Diamantina, o filme conta a saga dos garimpeiros na região na primeira metade do século passado, e suas disputas com os coronéis. No elenco, atores baianos como Wilson Melo, Harildo Deda, Othon Bastos (foto), o feirense Irving São Paulo (falecido), Gildásio Leite, Caco Monteiro, Lúcio Tranchesi, Maria Rosa Espinheira, dentre outros.
Ganhador do Prêmio Fernando Cony Campos, edital de roteiro da Secretaria de Cultura da Bahia, em 2001, como Melhor Roteiro, Tuna Espinheira roteirizou o romance “Cascalho”, estréia do escritor andaraiense Herberto Salles (1917-1999), lançado em 1944.
Na ocasião, recebeu do Estado R$ 1,1 milhão, verba insuficiente para finalizar o projeto. A luta para que a produção chegasse às telas levaria ainda seis anos e consumiria mais cerca de R$ 400 mil (R$ 200 mil do Ministério da Cultura, R$ 40 mil do Fundo de Cultura - utilizado para o som Dolby e para fazer mais duas cópias - e mais R$ 25 de origem particular e R$ 10 mil da Assembléia Legislativa para fazer os trailers do filme). Mas, segundo o cineasta, para fazer o filme, seriam necessários pelo menos R$ 3 milhões.
“Cascalho” concorreu com outros cinco filmes no 37º Festival de Brasília, sendo o único filme fora do eixo Rio-São Paulo a ser selecionado, enquanto que ganhou o Prêmio de Melhor Filme no 1º Festival de Cinema de Macapá - O Cinema no Meio do Mundo.
Sinopse
A corrida febril em busca das pedras preciosas (o carbornato e o diamante) atraiu para a Chapada Diamantina toda espécie de gente, como aventureiros, negociantes, prostitutas e, principalmente aqueles que seriam os personagens centrais, os garimpeiros.
Uma terra de ninguém, sem lei e sem alma, onde todo o poder emanava do “coronel”, definia o cenário dramático daquele local. Seus viventes, movidos pela ambição, sonhos e delírios, entregavam a alma a Deus, naquele meio de riscos sem fim, enfeitiçados pela descoberta de uma pedra de valor, a que se dava o nome de “bamburrar”.
Terras, serras, rios e o leito dos rios, estavam grilados, ali só se mexia, trabalhava, com a licença e pagamento aos “coronéis”. Capangas e jagunços garantiam esta dura realidade.
Segundo Tuna Espinheira, o filme se propõe a ser um grande mural, retratando, em fragmentos, alguns quadros, sem se ater a uma história desenvolvida deste ou daquele personagem. Os acontecimentos se passam na década de 30, últimos momentos da era da colheita do diamante. Quando ainda se propalava: “Diamante dá à flor da terra”, ou “dá até em moela de galinha”.
Ficha Técnica
Direção e roteiro: Tuna Espinheira
Fotografia: Luís Abramo
Produção executiva: Márcio Curi
Montagem: Flávia Celestino, Flávio Zettel e Tuna Espinheira
Som: Toninho Muricy
Direção de arte: Moacyr Gramacho
Figurino: Moacyr Gramacho e Maurício Martins
Trilha sonora: Aderbal Duarte
Música original: Walter Queiroz
Produção: Asa Cinema e Vídeo
Duração: 104 minutos.
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