Prezo insetos mais que aviões. Prezo a velocidade das tartarugas
mais que a dos mísseis. Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal
É maior do que o mundo.

Manoel de Barros

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

MOSTRA CINE CAPÃO

Cine Capão agita a Chapada Diamantina em dezembro

Mostra Cine Capão – Ano 04

Cine Capão agita a Chapada Diamantina em dezembro

Em sua quarta edição, a Mostra Cine Capão levará mais uma vez o cinema, a música e outras manifestações artísticas para a região de Palmeiras e do Vale do Capão, localizadas na Chapada Diamantina – Bahia. A jornada cultural será realizada de 06 a 18 de dezembro, com shows, mostras de filmes nacionais e internacionais, oficinas, workshops e apresentações audiovisuais.

Os destaques são para a estréia nacional do longa-metragem Na Sombra da Linha Verde, do cineasta norte americano Kaya Verruno; a homenagem ao cineasta baiano Roberto Pires, com exibição de sua obra; a sessão Novíssimos Baianos, com a nova safra de filmes produzidos na Bahia; a exibição do documentário O Homem que Engarrafava Nuvens, do badalado diretor pernambucano Lírio Ferreira; e a apresentação de Davi Moraes e da banda Folha de Chá.

“Esse ano o Cine Capão trás mais novidades que vão além da exibição de filmes. Haverá também performances, VJs e DJs, em sessão inspirada no extinto movimento Fluxus, que se caracterizava pela mescla de diferentes linguagens, com foco em artes visuais, música e literatura” pontua Gabriela Barreto, coordenadora do projeto.

Cinema baiano para todas as idades

A primeira etapa começa no Vale do Capão, com programação para crianças e adolescentes. No final da primeira semana da Mostra, acontece o Cine Parada Obrigatória, também com produções baianas.

Enquanto acontece a sessão em Palmeiras, o Capão recebe as sessões Sessão Saudações Super8tistas e Cine Cachaça, que exibirá filmes em Super 8, produzidos nas décadas de 70 e 80; com show no final da noite da banda de reggae Folha de Chá. Na sessão Cine Cachaça, a estréia nacional do longa-metragem Na Sombra da Linha Verde, do cineasta norte- americano Kaya Verruno; e também o premiado documentário de Lírio Ferreira, O Homem que Engarrafava Nuvens.

Homenagem a Roberto Pires e show de Davi Moraes

Na segunda semana de filmes no Vale do Capão, de 13 a 18 de dezembro, haverá oficinas, shows e mostras. Na programação audiovisual, haverá a Mostra Cine Capão, com cinco sessões temáticas diárias: Sessão Infantil, Sessão Juvenil, Sessão Homenageado (que este ano apresenta a obra restaurada do cineasta baiano Roberto Pires), Sessão Novíssimos Baianos e Sessão Alternativa. No sábado, o Cine Capão fecha a sua quarta edição em clima de festa, com a exibição do premiado documentário baiano Filhos de João – Admirável Mundo Novo Baiano, de Henrique Dantas; e show do músico Davi Moraes.

Estamos muito orgulhosos de poder exibir uma programação de filmes tão diversa e com tantos bons títulos. Vamos exibir a maioria dos longas que foram produzidos na Bahia este ano”, orgulha-se Janaina Quetzal , curadora da mostra.

No último dia, acontece ainda uma apresentação do primeiro corte de edição do documentário desenvolvido pelos participantes da Oficina de Formação Audiovisual. Paralela à Mostra Cine Capão, será realizada uma oficina para um público total de 30 adolescentes, jovens e adultos do Vale do Capão, que fazem parte do Território de Identidade da Chapada Diamantina. A oficina acontecerá de segunda à sexta-feira e culminará na produção de um documentário sobre a comunidade, retratando as culturas populares locais e valorizando a identidade de seus habitantes.

Mostra Cine Capão

O projeto Cine Capão é uma realização de cineastas e produtores independentes, tem o patrocínio do IRDEB e Fundo de Cultura, através do Edital de Apoio à Realização de Mostras e Festivais Audiovisual. Também conta com o apoio da Associação de Pais e Educadores da Chapada Diamantina, do Curso de Cinema da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), da prefeitura de Palmeiras e da ENGEMISA. Através de um convênio pedagógico com a Secretaria Municipal de Educação de Palmeiras, o projeto visa realizar mostras infantis dentro das atividades curriculares das escolas públicas da região, estimulando a formação de público de cinema.

BAIXE AQUI A PROGRAMAÇÃO OFICIAL – CINE CAPÃO 2010

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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Judite quer chorar mas não consegue!

Estaremos agora em novembro em Lençóis e Itaberaba, eu (Drica) e Luiza contando histórias do Projeto Histórias da Diferença, no lançamento do livro infantil de Edu O.

Judite quer chorar mas não consegue!


Vai ser lindo!

Monólogos na Madrugada

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Chapada Diamantina recebe reforços para evitar incêndios em 29/09/2010

INGÁ : Chapada Diamantina recebe reforços para evitar incêndios
em 29/09/2010



A Chapada Diamantina está sendo alvo de um intenso trabalho de prevenção, monitoramento e combate a queimadas e incêndios florestais – mesmo com um número reduzido de focos de calor: sete no total, nas cidades de Seabra, Ibicoara, Utinga, Andaraí, Mucugê e Itaetê. As ações estão sendo coordenadas pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), através da Coordenação de Defesa Civil do Estado (Cordec), e conta com o apoio da União dos Municípios da Chapada Diamantina (UMCD), além de órgãos estaduais e municipais.

Em Lençóis, foi instalada uma central da Cordec, que atua em parceria com o Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), o Instituto do Meio Ambiente (Ima), o Corpo de Bombeiros e a Secretaria do Meio Ambiente (Sema). Segundo o monitoramento realizado pelo Ingá, há cerca de quatro meses não chove nos municípios da região, sendo considerado um período crítico que se estende até novembro. O serviço de Meteorologia do Ingá revela que a tendência é que as temperaturas comecem a se elevar a partir de agora (mínimas de 15°C à 17°C e máximas variando entre 30°C e 31°C) e a umidade passe a cair oscilando entre 40 a 60%.

Até agora, a Defesa Civil já realizou a doação de 1.757 itens de proteção individual (EPIs) para os brigadistas que atuam na região. Ao todo, são 24 brigadas, com um total de 546 brigadistas espalhados em 16 municípios. Foram distribuídos gandolas, calças, botas, óculos, máscaras e meiões entre os brigadistas que atuam em Itaetê, Itacoara, Utinga, Bonito, Redenção, Andaraí, Rio de Contas, Lençóis, Remanso, Catolés, Abaíra, Morro do Chapéu e Nova Redenção.

Outras ações vêm sendo realizadas pela Sedes/Cordec na Chapada, como por exemplo, a parceria com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) para atendimento médico aos brigadistas e a realização de exames de rotina. Também um Termo de Cooperação com Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e o Instituto Chico Mendes (ICMBio), que administra o Parque Nacional da Chapada Diamantina, com o objetivo de recuperar e ampliar o sistema de comunicação via rádio (HT), interligando diversos órgãos, prefeituras e guias turísticos. A medida irá melhorar a comunicação sobre ocorrência dos focos de incêndio e também garantir mais segurança para o ecoturismo.

Além disso, o governo abrirá licitação para locação de duas aeronaves, que as brigadas no combate ao fogo. Segundo o coordenador adjunto da Cordec Paulo Sérgio Menezes Luz, o órgão mantém convênio com dez prefeituras, com repasse de recursos do Estado, para o auxílio às brigadas voluntárias. “Os convênios em execução tem apresentado excelentes resultados”.

O trabalho da Defesa Civil inclui palestras e outras atividades de prevenção em parceria com entidades comunitárias, visando tanto a prevenção de incêndios como a preservação do meio ambiente. “A população tem que ter consciência de que cada foco de incêndio resulta em danos que demandam anos de recuperação da fauna e da flora”, alertou Paulo Sérgio Luz.

Com informações da Agecom.

MOSTRA PATI

já passou, mas muito legal conhecer o trabalho dessa galera...

http://kinemadinovo.wordpress.com/




Conta-se que os primeiros habitantes do Vale do Pati vieram da região de Macaúbas e do Vale do Capão. Era o ano de 1899 e uma grande fome se alastrou por toda a região, obrigando os sertanejos a procuraram terras onde alimentos não fossem tão escassos. Vagaram pelos ermos da Chapada até desembocarem em um vale onde havia fartura de caça e vegetais comestíveis. Valendo-se da abundância de pacas, tatus, macacos, mel e palmito, que havia pelo oásis encravado entre montanhas, os retirantes se fixaram. Na certeza de terem encontrado um local que os salvavam da fome, os matutos plantaram mandioca e desenvolveram a criação de animais. Passaram-se 30 anos e, com a crise de 1929, que alimentou a fome pelos rincões mais pobres do planeta, novos habitantes vieram para o Vale do Pati, então já com fama de ser local onde alimentos não faltavam. As habitações humanas multiplicaram-se e, de acordo com política oficial da agricultura monocultora, o verde dos cafezais substituiu a milenar floresta. A região tornou-se importante economicamente e recebeu um posto avançado da prefeitura de Andaraí. A “prefeitura”, como ficou conhecida o entreposto, era a representação do poder público no Vale, além de servir de armazém de gêneros, posto dos correios e centro de reuniões. A febre do café acabou na segunda metade da década de 50 do século passado. Com a mudança da política do governo para aquele produto, todos os cafezais foram derrubados e a floresta pouco a pouco foi ressurgindo. Atualmente as poucas famílias que ainda moram no Vale sobrevivem da agricultura familiar e do turismo ecológico.

domingo, 24 de outubro de 2010

O GAP, Grupo Ambiemtalista de Palmeiras. Conheça!


Resíduos Sólidos e Recyclagem

No início da década de 90, o GAP iniciou um trabalho de sensibilização e conscientização dos moradores do Vale do Capão.

Mutirões de limpeza, construção de girais, palestras nas escolas e com visitantes, programa de rádios, teatro e panfletagem culminaram na separação de lixo no Capão, cuja coleta era feita pelo GAP com a contribuição voluntária da comunidade.

Em 2005 a coleta do lixo “seco” do Capão foi assumida pelo Prefeitura Municipal enquanto o GAP, junto com a comunidade, continuam alertas com os problemas do lixo.Em julho de 2008, o município de Palmeiras foi contemplado com oProjeto “Lixo Nosso de Todo Dia”, parceria IMA/GAP com o governo do estado, o qual realizará a separação do lixo na sede do município com educação ambiental, coleta, e uma posterior cooperativa de catedores gerando assim mais uma fonte de renda para este setor. Devido ao atraso do repasse de recurso (27 de setembro de 2008), o projeto encontra-se na primeira fase. Também será feito educação ambiental no distrito do Vale do Capão (onde tudo começou) e no povoado de Campos de São João, povoados que já separam lixo seco do lixo úmido.

Incontáveis mutirões de limpeza do rio e corregos foram realizados pelo GAP nestes 12 anos de existência. O GAP fez parte do diagnóstico do lixo no município junto ao CRA, para determinar o modelo ideal do aterro sanitário que será implementado no município de Palmeiras. O GAP faz parte atualmente da comisão gestora de resíduos sólidos do município de Palmeiras a qual é composta por integrantes do CRA, CONDER, Ministério Público, Prefeitura Municipal de Palmeiras, Câmara de Vereadores, GAP e APEAC.

LENCÓIS: OFICINA DE BIOCONSTRUÇAÕ...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

CASOS e CONTOS DA CHAPADA DIAMANTINA. I

O CASO DA GELADEIRA, é o primeiro DOC.CONTO, do Projeto CASOS e CONTOS DA CHAPADA DIAMANTINA, realizado através da viagem dos trilheiros Ana, Drica, Pablo e Roquinho em sua ida rumo ao Vale do Paty. Através de suas andanças registraram paisagens, pessoas, e ricos contos de lá, narrados de maneira singular pelos moradores que fazem parte da história viva da região.

O CASO DA GELADEIRA, POR D. RAQUEL.

DRICA ROCHA: IMAGENS E EDIÇÃO

PABLO FLORENTINO: FOTOS

ANA ELISA: FOTOS

ROQUINHO: "GUIA"

SET/2010

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Espetáculo “Grand Théâtre: Pão e Circo” dias 10 e 11 de Outubro, no Circo do Capão


O espetáculo de Teatral “Grand Théâtre: Pão e Circo”, ganhador do premio Braskem de melhor atriz para Carolina Kahro, depois das apresentações em Caetité, Camaçari, Amargosa e Santo Amaro, o espetáculo de Teatro Físico chega agora a Chapada Diamantina, com apresentações nos dias 10 e 11 de Outubro, no Circo do Capão, no Vale do Capão. Neste feriadão, para quem tiver afim de uma programação mais completa pode assistir o espetáculo no Capão e depois curtir o Festival de Lençóis.

O espetáculo tem direção, texto e atuação de Carolina Kahro, Áudio-Visual de Clarissa Ribeiro, Trilha Sonora Original de Leonardo Bittencourt, Projeto de Luz de Pedro Benevides e adaptação de Luz de Emillie Lapa – uma Produção da Manada.

Será também oferecido um Workshop de Teatro Físico, totalmente gratuito, com a atriz e diretora premiada Carolina Kahro, para estudantes ou profissionais de artes cênicas (atores, dançarinos artistas circense, etc). Aos interessados, as inscrições estarão acontecendo no Circo do Capão. Informações: (75) 3344 – 1151 begin_of_the_skype_highlighting (75) 3344 – 1151 end_of_the_skype_highlighting. Vagas limitadas.

Projeto contemplado pelo edital Jurema Penna do fundo de cultura do Estado da Bahia.

Para maiores informações:

(71) 33840457 begin_of_the_skype_highlighting (71) 33840457 end_of_the_skype_highlighting / 91721853
http://manadaconfraria.blogspot.com/

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Festival de Jazz do Capão






O Festival de Jazz do Capão – Chapada Diamantina está alinhado com os movimentos de preservação e conscientização ambiental. O Vale do Capão e a Chapada Diamantina são patrimônios ambientais mundiais e precisam ser preservados para que futuras gerações possam, assim como nós, apreciar e desfrutar dessa riqueza insubstituível. Tendo isso em vista, o festival quer fazer o seu “dever de casa” tomando as preocupações necessárias para que o impacto ambiental exercido pelo evento seja o menor possível.


Para isso algumas medidas preventivas serão tomadas. Entre elas:
Colocação de tonéis receptores de lixo nas áreas do festival;
Parceria com o GAP (Grupo Ambientalista de Palmeiras) para que no período do festival a coleta do lixo seja intensificada;
Atuação de uma equipe de limpeza para catação de eventual lixo jogado no chão, nas áreas do festival;
Campanha informativa para os visitantes que vem ao Vale do Capão no período do festival.

A conscientização e participação de todo o público do festival são essenciais para que as medidas de baixo impacto ambiental surtam efeito. Nesse sentido uma série de recomendações se faz necessária para quem estará vindo desfrutar do Capão e do Festival de Jazz:
Se vier de carro, tente preencher a ocupação máxima de seu veículo. Quanto menos carros entrarem no Vale do Capão, melhor o fluxo do trânsito e menor a poluição sonora e atmosférica;
Dentro do Vale do Capão, tente se locomover a pé, o máximo possível! Deixe o seu carro na pousada ou local onde estiver hospedado. Uma leve caminhada num lugar tão bonito dificilmente lhe fará mal e evitaremos um grande fluxo de carros nas pequenas vias de acesso do Vale;
Nas noites do festival evite ir de carro para a vila do Capão. Isso tem causado grandes engarrafamentos e transtornos nos grandes feriados e não será diferente no período do festival. O que menos queremos é ficar engarrafados no meio do paraíso. Pense nisso!
Não jogue lixo no chão, utilize os tonéis receptores;
Utilize os sanitários públicos ou dos estabelecimentos comerciais. Não faça suas necessidades fisiológicas nas ruas ou terrenos. Existem outras maneiras mais eficientes de adubação orgânica!
Exerça a cooperação, a boa vontade, a paciência e a tolerância;
Divirta-se e desfrute desse momento único de encontro da música e da natureza!!!

http://www.festivaldejazzdocapao.com.br/programacao.html

sexta-feira, 12 de março de 2010

A vila de Caeté-Açu













A vila de Caeté-Açu no Vale do Capão surgiu com a descoberta das jazidas de diamante da Chapada Diamantina e cresceu à sombra do desenvolvimento da mineração. O lugarejo, formado, na sua maioria, por famílias de mineradores, segundo contam alguns moradores, já foi a casa de mais de 200 garimpeiros, apesar de não haver o garimpo dentro do vale.
O Capão sempre foi fornecedor de alimentos para os centros maiores. Durante muitos anos, o vale foi tomado, em quase a sua totalidade, por fazendas de café que era beneficiado com a ajuda das rodas dágua implantadas num rio, que, a partir daí, passou a ser chamado de Rio das Rodas. Além do café, outros produtos do vale eram a uva e o marmelo. O povo recolhia uma cera que se tira de árvores e servia para fazer discos de vitrola.
A queda do garimpo e a erradicação dos cafezais foi terrível para a região. Posteriormente, o Vale virou refúgio de pessoas provenientes de todos os lugares do Brasil, que por ali passaram e se encantaram com a beleza e energia do lugar, além de um dos locais turísticos mais visitados da Chapada Diamantina.
O Vale do capão abriga a Vila de Caeté-Açu, distrito de Palmeiras. Sua história está intimamente ligada a esse Município, que tem grande influência na região, não só política, mas também cultural e econômica, por ser ponte de ligação entre o Vale e os grandes centros.
Nos anos de 1815 a 1819, um poderoso senhor de terras e escravos da época das províncias, o Sargento-mor Francisco José da Rocha Medrado, formou uma grande fazenda de café que foi batizada de Fazenda Palmeiras. Naquela época, a fazenda se resumia a uma estrada que dava acesso à Lençóis, onde moravam poucos trabalhadores que se dedicavam à lavoura.
Com a descoberta e crescimento do garimpo de diamantes na região, a Fazenda Palmeiras foi crescendo e se transformando num arraial com casas simples, de enchimento sem reboco e cobertas com palha e cavacos. Quando se descobriu as jazidas em Lençóis, os garimpeiros foram se espalhando pela região em busca de diamantes e carbonatos, fazendo surgir diversos povoados, inclusive em Palmeiras, como é o caso dos povoados de Lavrinha, Serra Negra, Tijuco e Lajedinho. Em 1864, o lugarejo, conhecido como Arraial das Palmeiras, já atraía e acolhia garimpeiros das Lavras de Lençóis e Andaraí.
Em 23 de dezembro de 1890, Palmeiras é elevada à categoria de vila. Com o território separado de Lençóis, em 15 de janeiro de 1891, inaugura-se o novo município: Vila Bela de Palmeiras.
Palmeiras se tornou, a partir desse momento, um centro que atraíam famílias tradicionais de Minas Gerais, de outros locais da Bahia, franceses, como é o caso da família Cathalat, e descendentes de portugueses das famílias Menezes e Pina. Até meado de século XIX, os donos de terras e escravos, a exemplo dos milionários Benedito Chagas e Major Cândido José da Silva Leão, exerciam imenso poder da região, sobre tudo e todos, de modo que nada era feito sem os seus consentimentos.
Com a chegada dessas famílias, que construíram imensos casarões existentes até hoje, formando a beleza arquitetônica do estilo barroco de Palmeiras, também introduziram seus costumes, tradições, crenças e linguagens, que foram sendo incorporados à cultura local, provocando uma mudança considerável.
No auge da mineração, o cotidiano da cidade era iluminado pelo luxo e riqueza que ostentavam os moradores. A moda européia vestia a alta sociedade e o uso de gravatas era obrigatório para todos, independente da ocasião.
A vida noturna era bem movimentada, com cinema mudo ao ar livre, bales na prefeitura e nas residências mais luxuosas, forrós e as animadas festas nos botequins.
Em 13 de dezembro de 1930, a Vila de Palmeiras chega à condição de cidade, tendo nome simplificado para Palmeiras.
O declino da mineração, entre 1951 e 1952, com a ascensão da produção de cristal, provocou um êxodo em massa para o Estado de São Paulo.
A economia do Vale do Capão, a partir daí, também entrou em declínio por não ter mais a mineração como suporte.
No final da década de 70 e início da de 80, o Vale se tornou um ponto de encontro de pessoas alternativas proveniente de vários estados do Brasil e também do exterior.

informação retirada do site: http://www.ferias.tur.br/informacoes/460/caete-acu-ba.html