domingo, 28 de junho de 2009
BESOURO O FILME
O filme, que conta a história do lendário capoeirista Besouro Mangangá, trouxe da China o coreógrafo de ação Hiuen Chiu Ku, responsável pelos efeitos especiais e lutas de "Matrix, O tigre e o dragão e Kill Bill. Diante das câmeras, Hiuen Chiu fez capoeiristas voarem e subirem paredes enquanto lutam, bem ao estilo desses três sucessos de Hollywood.
Superprodução nacional do diretor João Daniel Tikhomiroff sobre Besouro, o lendário herói da capoeira.
esse filme é promessa de bilheteria, tem estreia nos cinemas prevista para dia 30 de outubro.
ELENCO:
Ailton Carmo, o Besouro:
Jessica Barbosa, a Dinorah:
Sergio Laurentino, o Exu:
Anderson Grillo, o Quero-Quero:
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Mulheres em Movimento pela Natureza - 2009
Mulheres em Movimento pela Natureza - 2009
O Movimento Mulheres pela Natureza nasceu em 2007, com o objetivo de discutir políticas públicas referentes à mulher, às águas, à bacia do rio Paraguaçu, às unidades de conservação e à identidade social e cultural da Chapada Diamantina.
O primeiro encontro foi realizado por ocasião do dia internacional da mulher, em 11.3.2007, na Serra da Bacia/Parque Nacional da Chapada Diamantina / PNCD, Palmeiras, com a participação de representantes de associações, movimentos sociais, ambientalistas, artesãos, empresários, grupos de cultura popular, prefeituras, governo do estado e o escritório do PNCD, ocasião em que o governador Jaques Wagner e sua comitiva receberam uma carta com demandas históricas (anexo 2), que não foi respondida até hoje.
O segundo encontro, em 8.3.2008, consistiu numa meditação dirigida pela monja budista Anne Zamba (anexo 3), na cachoeira do Pai Inácio/Área de Proteção Ambiental / APA Estadual Marimbús-Iraquara, Palmeiras.
O terceiro encontro foi realizado no dia 21.3.2009, equinócio de outono, em cima do morro do Pai Inácio/Apa Marimbús-Iraquara, Palmeiras, com a participação de tamborzeiras da região, em conexão com um movimento xamânico mundial: no mundo todo, neste dia, mais de oito mil tambores estiveram sincronizando suas energias com a energia da Mãe Terra e do cuidado com as águas.
Mulheres pela Natureza é uma continuidade do movimento socioambiental da Chapada Diamantina, iniciado na década de 80, com as discussões para a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina (decreto de 17/09/1985) e com o “SOS Chapada”; foi retomado em 94, com as comissões de meio ambiente, os fóruns socioambientais e os encontros de cultura popular. O Barbado, criado em 97, e depois a Rede Socioambiental da Chapada Diamantina, criada em 2003, reuniram associações de toda a Chapada. Com a criação do Conselho Consultivo do Parque Nacional da Chapada Diamantina, em 2001, a região passou a ter um fórum permanente para as discussões socioambientais.
Conhecida pela beleza, sócio diversidade e riquezas naturais, a Chapada Diamantina é uma região que recebe todos os programas de combate à pobreza, divulgados principalmente na época das eleições; é considerada o maior curral eleitoral do Estado; tem um alto índice de analfabetismo e está cem por cento no polígono da seca: a bacia do Paraguaçu, que nasce na Chapada, abastece 40 cidades no Recôncavo Baiano, incluindo parte de Salvador e Feira de Santana.
Nós do Mulheres em Movimento pela Natureza consideramos que a verdade e a ética são o centro de toda a nossa atividade. Acreditamos que a verdadeira moralidade não consiste em seguir os caminhos conhecidos, mas em descobrir o que é para nós mesmas a verdade e segui-la com coragem, confiança e fé. E o verdadeiro progresso é impossível sem esta lida ética constante com a verdade.
Por isto, não nos resignamos ao que está errado. Isto é indigno.
Novos tempos estão a exigir a criação de novos caminhos.
A violência contra a mulher e a natureza na Chapada Diamantina, na Bahia e no Brasil continua aumentando e ninguém sabe destas proporções, por quê? E a impunidade reina imperiosamente por quê?
Consideramos que a violência é uma questão da sociedade como um todo e só pode ser transformada pela corrente da união. Porque a violência é tudo aquilo que destrói a alegria, a paz, o poder, a liberdade, tirando o homem de seu âmago mais íntimo; substitui a fé na vida por medo, angústia e, consequentemente, impotência e submissão. E é esta a função social da violência.
A proposta do Mulheres em Movimento pela Natureza são encontros itinerantes e que aconteçam sempre dentro de uma unidade de conservação, para chamar a atenção sobre elas; e como as mulheres são responsáveis pelo trabalho doméstico, por um trabalho profissional, pelos cuidados com a família e pela educação dos filhos, acreditamos que elas são fundamentais na conservação ambiental e na construção da paz no planeta (anexo 1 ).
Nós nos comprometemos a viver fielmente aquilo em que acreditamos, destruindo as barreiras que separam o homem do homem e da natureza ao seu redor.
Nós somos um !
anexo 1
Na Conferência Internacional sobre Água e Desenvolvimento, realizada em Dublin, Irlanda, no ano de 1992, estabeleceu-se alguns princípios fundamentais para a utilização sustentável dos recursos hídricos e para a sua conservação a fim de que as futuras gerações possam também utilizá-los. Tais princípios são os seguintes:
1 - a água é um recurso finito, vulnerável e essencial para a manutenção da vida, do desenvolvimento e do meio ambiente;
2 - o desenvolvimento e a administração da água devem estar baseados em uma abordagem participativa, envolvendo os usuários, planejadores e elaboradores de políticas públicas, em todos os níveis;
3 - a água tem valor econômico em todos os seus usos e deve ser reconhecida como um bem econômico;
4 - a mulher desempenha um papel central na administração, na proteção e na provisão da água.
anexo 2
Demandas históricas (11.3.2007)
para a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH)
- como aproximadamente 50% do território do Parque são terras devolutas, pertencentes ao governo do Estado, é fundamental que haja intensa sintonia entre este e o Governo Federal no sentido de, finalmente, deflagrar-se a regularização fundiária desta UC;
- a criação de novas unidades de conservação estaduais e a implantação das que já existem, como a APA Marimbus-Iraquara, deve ser feita de forma participativa e responsável, tendo sempre em vista a necessidade urgente de ampliação do quadro de servidores estaduais na área ambiental;
- implantação da Delegacia do Meio Ambiente e de um destacamento da Polícia Ambiental (COPPA) na região;
- implantação do Fórum Permanente dos Promotores de Justiça em defesa da Bacia do Rio Paraguaçu, uma antiga reivindicação que demonstra a preocupação do Ministério Público em viabilizar ações efetivas.
para a Secretaria de Promoção de Igualdade (SEPROMI)
- serviço especializado na Saúde da Mulher para todas as idades;
- Delegacia da Mulher na região;
- implantação das políticas especiais para as comunidades quilombolas.
para a Secretaria da Cultura
- criação do pólo da SECULT em Seabra, centro administrativo da região e centro geográfico da Bahia, tendo a cultura como fator de desenvolvimento sustentável.
Solicitação deste encontro para a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (21.03.2009)
- levantamento nos fóruns e delegacias do interior do número de queixas de violência contra a mulher e o meio ambiente; queixas que viraram inquéritos policiais; inquéritos que viraram processos; e processos que se transformaram em condenações, pelo menos nos últimos dez anos.
- treinamento e ampliação do quadro de servidores nos fóruns e delegacias, com o objetivo de atender os casos de violência contra a mulher e o meio ambiente.
anexo 3
A Venerável Bikkhuni Anne Zamba Chözom, nascida na Inglaterra, detém o título de Gelongma, ordenação máxima para uma monja budista. Foi uma das primeiras alunas ocidentais de Sua Eminência Chagdud Tulku Rinpoche, tendo estudado também com alguns dos mais respeitados mestres das quatro principais escolas do budismo tibetano. É detentora de várias linhagens monásticas das tradições chinesa e coreana do budismo, além das linhagens das práticas de Shamatha e Vipassana (meditação). Tem vivido e ensinado na Ásia desde 1969, onde trabalhou com Madre Teresa de Calcutá. Sua abordagem do budismo é não-sectária, acessível e prática para a vida diária. Como gosta de dizer, "a vida é a prática, e a prática é a vida". Seus ensinamentos focam-se na percepção mental como sendo a causa da felicidade e do sofrimento; também como sendo um meio para a realização espiritual. Anne Zamba reside em Mucugê onde coordena o projeto Dipamkara.
contatos:
Helena Straus ( Associação Comunitária do Cercado / Palmeiras ) – helenastraus@yahoo.com.br
Iêda Marques ( Associação de Cultura Popular Quebracoco / Boninal ) –medrar@gmail.com
Pablo Casella ( ICMBio / Chapada Diamantina ) – pablo.casella@gmail.com
O Movimento Mulheres pela Natureza nasceu em 2007, com o objetivo de discutir políticas públicas referentes à mulher, às águas, à bacia do rio Paraguaçu, às unidades de conservação e à identidade social e cultural da Chapada Diamantina.
O primeiro encontro foi realizado por ocasião do dia internacional da mulher, em 11.3.2007, na Serra da Bacia/Parque Nacional da Chapada Diamantina / PNCD, Palmeiras, com a participação de representantes de associações, movimentos sociais, ambientalistas, artesãos, empresários, grupos de cultura popular, prefeituras, governo do estado e o escritório do PNCD, ocasião em que o governador Jaques Wagner e sua comitiva receberam uma carta com demandas históricas (anexo 2), que não foi respondida até hoje.
O segundo encontro, em 8.3.2008, consistiu numa meditação dirigida pela monja budista Anne Zamba (anexo 3), na cachoeira do Pai Inácio/Área de Proteção Ambiental / APA Estadual Marimbús-Iraquara, Palmeiras.
O terceiro encontro foi realizado no dia 21.3.2009, equinócio de outono, em cima do morro do Pai Inácio/Apa Marimbús-Iraquara, Palmeiras, com a participação de tamborzeiras da região, em conexão com um movimento xamânico mundial: no mundo todo, neste dia, mais de oito mil tambores estiveram sincronizando suas energias com a energia da Mãe Terra e do cuidado com as águas.
Mulheres pela Natureza é uma continuidade do movimento socioambiental da Chapada Diamantina, iniciado na década de 80, com as discussões para a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina (decreto de 17/09/1985) e com o “SOS Chapada”; foi retomado em 94, com as comissões de meio ambiente, os fóruns socioambientais e os encontros de cultura popular. O Barbado, criado em 97, e depois a Rede Socioambiental da Chapada Diamantina, criada em 2003, reuniram associações de toda a Chapada. Com a criação do Conselho Consultivo do Parque Nacional da Chapada Diamantina, em 2001, a região passou a ter um fórum permanente para as discussões socioambientais.
Conhecida pela beleza, sócio diversidade e riquezas naturais, a Chapada Diamantina é uma região que recebe todos os programas de combate à pobreza, divulgados principalmente na época das eleições; é considerada o maior curral eleitoral do Estado; tem um alto índice de analfabetismo e está cem por cento no polígono da seca: a bacia do Paraguaçu, que nasce na Chapada, abastece 40 cidades no Recôncavo Baiano, incluindo parte de Salvador e Feira de Santana.
Nós do Mulheres em Movimento pela Natureza consideramos que a verdade e a ética são o centro de toda a nossa atividade. Acreditamos que a verdadeira moralidade não consiste em seguir os caminhos conhecidos, mas em descobrir o que é para nós mesmas a verdade e segui-la com coragem, confiança e fé. E o verdadeiro progresso é impossível sem esta lida ética constante com a verdade.
Por isto, não nos resignamos ao que está errado. Isto é indigno.
Novos tempos estão a exigir a criação de novos caminhos.
A violência contra a mulher e a natureza na Chapada Diamantina, na Bahia e no Brasil continua aumentando e ninguém sabe destas proporções, por quê? E a impunidade reina imperiosamente por quê?
Consideramos que a violência é uma questão da sociedade como um todo e só pode ser transformada pela corrente da união. Porque a violência é tudo aquilo que destrói a alegria, a paz, o poder, a liberdade, tirando o homem de seu âmago mais íntimo; substitui a fé na vida por medo, angústia e, consequentemente, impotência e submissão. E é esta a função social da violência.
A proposta do Mulheres em Movimento pela Natureza são encontros itinerantes e que aconteçam sempre dentro de uma unidade de conservação, para chamar a atenção sobre elas; e como as mulheres são responsáveis pelo trabalho doméstico, por um trabalho profissional, pelos cuidados com a família e pela educação dos filhos, acreditamos que elas são fundamentais na conservação ambiental e na construção da paz no planeta (anexo 1 ).
Nós nos comprometemos a viver fielmente aquilo em que acreditamos, destruindo as barreiras que separam o homem do homem e da natureza ao seu redor.
Nós somos um !
anexo 1
Na Conferência Internacional sobre Água e Desenvolvimento, realizada em Dublin, Irlanda, no ano de 1992, estabeleceu-se alguns princípios fundamentais para a utilização sustentável dos recursos hídricos e para a sua conservação a fim de que as futuras gerações possam também utilizá-los. Tais princípios são os seguintes:
1 - a água é um recurso finito, vulnerável e essencial para a manutenção da vida, do desenvolvimento e do meio ambiente;
2 - o desenvolvimento e a administração da água devem estar baseados em uma abordagem participativa, envolvendo os usuários, planejadores e elaboradores de políticas públicas, em todos os níveis;
3 - a água tem valor econômico em todos os seus usos e deve ser reconhecida como um bem econômico;
4 - a mulher desempenha um papel central na administração, na proteção e na provisão da água.
anexo 2
Demandas históricas (11.3.2007)
para a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH)
- como aproximadamente 50% do território do Parque são terras devolutas, pertencentes ao governo do Estado, é fundamental que haja intensa sintonia entre este e o Governo Federal no sentido de, finalmente, deflagrar-se a regularização fundiária desta UC;
- a criação de novas unidades de conservação estaduais e a implantação das que já existem, como a APA Marimbus-Iraquara, deve ser feita de forma participativa e responsável, tendo sempre em vista a necessidade urgente de ampliação do quadro de servidores estaduais na área ambiental;
- implantação da Delegacia do Meio Ambiente e de um destacamento da Polícia Ambiental (COPPA) na região;
- implantação do Fórum Permanente dos Promotores de Justiça em defesa da Bacia do Rio Paraguaçu, uma antiga reivindicação que demonstra a preocupação do Ministério Público em viabilizar ações efetivas.
para a Secretaria de Promoção de Igualdade (SEPROMI)
- serviço especializado na Saúde da Mulher para todas as idades;
- Delegacia da Mulher na região;
- implantação das políticas especiais para as comunidades quilombolas.
para a Secretaria da Cultura
- criação do pólo da SECULT em Seabra, centro administrativo da região e centro geográfico da Bahia, tendo a cultura como fator de desenvolvimento sustentável.
Solicitação deste encontro para a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (21.03.2009)
- levantamento nos fóruns e delegacias do interior do número de queixas de violência contra a mulher e o meio ambiente; queixas que viraram inquéritos policiais; inquéritos que viraram processos; e processos que se transformaram em condenações, pelo menos nos últimos dez anos.
- treinamento e ampliação do quadro de servidores nos fóruns e delegacias, com o objetivo de atender os casos de violência contra a mulher e o meio ambiente.
anexo 3
A Venerável Bikkhuni Anne Zamba Chözom, nascida na Inglaterra, detém o título de Gelongma, ordenação máxima para uma monja budista. Foi uma das primeiras alunas ocidentais de Sua Eminência Chagdud Tulku Rinpoche, tendo estudado também com alguns dos mais respeitados mestres das quatro principais escolas do budismo tibetano. É detentora de várias linhagens monásticas das tradições chinesa e coreana do budismo, além das linhagens das práticas de Shamatha e Vipassana (meditação). Tem vivido e ensinado na Ásia desde 1969, onde trabalhou com Madre Teresa de Calcutá. Sua abordagem do budismo é não-sectária, acessível e prática para a vida diária. Como gosta de dizer, "a vida é a prática, e a prática é a vida". Seus ensinamentos focam-se na percepção mental como sendo a causa da felicidade e do sofrimento; também como sendo um meio para a realização espiritual. Anne Zamba reside em Mucugê onde coordena o projeto Dipamkara.
contatos:
Helena Straus ( Associação Comunitária do Cercado / Palmeiras ) – helenastraus@yahoo.com.br
Iêda Marques ( Associação de Cultura Popular Quebracoco / Boninal ) –medrar@gmail.com
Pablo Casella ( ICMBio / Chapada Diamantina ) – pablo.casella@gmail.com
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